Foto: Rian Lacerda (Diário)
Quem circulou por Santa Maria ou cidades da região Central, na manhã desta quarta-feira (19), deparou com uma cena curiosa: uma névoa densa encobre a cidade, especialmente a região de Camobi e nos morros do entorno, lembrando o cenário das fumaças de queimadas do ano passado. A explicação para o fenômeno, no entanto, pode estar a mais de 2 mil de quilômetros de distância, na Argentina.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
Sem registros de queimadas significativas na região que justifiquem a fumaça, a principal hipótese meteorológica aponta para um evento de transporte de partículas. Segundo o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia, o fenômeno trata-se, provavelmente, de uma "névoa seca".
– Como não há queimada, possivelmente se trata da névoa seca, provocada pela suspensão de poeira no ar. Acredito que seja devido a um poderoso ciclone na Patagônia, que trouxe vento de 150 km/h para a Argentina e carregou uma enorme quantidade de terra e material particulado pela atmosfera – explica Verardo.
Conexão com a Argentina
Ainda conforme a explicação do meteorologista, a direção dos ventos favoreceu o deslocamento dessa "nuvem" de poeira até o Rio Grande do Sul.
– Como o vento estava soprando de oeste, pode ser bem provável que esse material particulado tenha chegado por aqui – completa o meteorologista.